quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Conselhos.





Dizem que se conselho fosse bom, a gente venderia. Não concordo. Já ouvi tanto conselho bom, de graça. Conselho que as vezes nem era pra mim, mas encaixou certinho. Eu acho que quando a gente gosta, a gente tenta avisar quando vê o outro fazendo bobagem. Eu pelo menos, sou assim. As vezes falo até demais, por não querer que o outro sofra. Por isso decidi escrever um texto com os conselhos que são importantes em qualquer fase da vida, em qualquer momento, pra qualquer pessoa.
1 - "Ame ao outro como a ti mesmo". Tá na Bíblia, mas presta bem atenção, é pra amar 'como' a ti mesmo, não mais do que a você. Você pode amar mil pessoas, pode amar muito, pode amar demais, mas não pode deixar que esse amor seja maior do que você sente por você mesmo. Senão as coisas desandam, dão errado.
2 - Dê valor pro que você tem. A ambição é uma virtude, sim. Devemos ter vontade de ter mais e de ser mais, mas nunca podemos esquecer do que temos e principalmente de quem temos. Não espere o outro ir embora pra perceber o quanto ele te faz falta. 
3 - Reconheça quando as pessoas te fizerem bem. Um favor, uma ajuda, um elogio. Seja sempre grato.
4 - Nem sempre as pessoas vão agir da forma que você quer. Nem sempre você age como os outros querem. Se quer a compreensão das pessoas, tente compreende-las primeiro.
5 - As pessoas que te amam vão estar com você nos momentos difíceis, vão querer o seu bem sempre. Nem sempre vão acertar, vão fazer bobagens as vezes, mas aí você relê o conselho 4 e entende o que estou querendo dizer.
6 - O tempo não espera, não deixe de dizer a alguém que o ama, não deixe de fazer o que tem vontade. Isso não significa que deve sempre agir por impulso e não pensar no amanhã. Mas, quando sentir vontade, se deixe levar. A vida é tão rara.
7 - Passe mais tempo realizando do que planejando. Quem muito pensa, pouco faz. Quem pouco faz, pouco vive.
8 - Repare nos exemplos do dia-a-dia. Repare em como as pessoas agem, como se portam. Isso é uma forma de você aprender lições, sem precisar sofrer. 
9 - Ore a Deus como se tudo no mundo dependesse dele e trabalhe todos os dias como se tudo no mundo dependesse de você.
10 - Diga a verdade. Sempre. Mesmo que doa, mesmo que seja difícil. Isso não quer dizer que você precise ofender ou magoar as pessoas, tudo tem sua hora e as palavras certas. Tudo tem o seu momento.

Procure ser leve, procure ser feliz. Cuide de quem cuida de você. Cuide e regue teus sonhos, corra atrás deles. Faça de Deus, um amigo. Faça da sua família, sua base. Faça do amor, sua força. Faça da fé, sua arma.
O sentido da vida é só um, meu bem: é pra frente!











quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Pra dizer adeus.


Ler ouvindo Depois .

Eu pretendo ser breve, não gosto muito de despedidas. Mas eu acho toda história tem que ter um fim. Mesmo que seja assim, escrita em versos que você talvez nem leia. Eu preciso dizer adeus a tudo aquilo que já não sou eu, que nunca fomos nós, que não é e nunca foi você. Eu fiz muitos planos pra nós dois, você sabe. Eu te amei como ninguém. Exatamente, como ninguém. Talvez eu tenha te amado tanto, que esqueci de mim. Mas não, não to escrevendo um texto pra te culpar por qualquer coisa. Quero mesmo é me desculpar. Por tudo que não somos, por tudo que poderíamos ter sido. E dizer que nunca quis teu mal, nunquinha. E hoje não penso mais em nós dois, mas as vezes penso em você. Com carinho. Não gosto de pensar que quando um amor acaba, não sobra nada. Eu acho que sobra, sim. Em mim sobrou. Sobrou um punhado de sentimentos bons, sobrou uma vontade de fazer nossa história ser bonita, mesmo assim. Mesmo com um final tão precoce. Li outro dia, que existem finais felizes e existem finais necessários. Nosso final foi necessário, mas porque não feliz? Sou feliz hoje. Sei que você também é. Porque insistir nesse papo de sofrimento? Vamos falar do amor que acabou e sorrir. Vamos mudar a história e fazer nossa despedida ser algo pra se lembrar. Amor não foi feito pra ser esquecido. Não quero te esquecer. Quero lembrar de como fui capaz de amar assim, tão de repente, tão de verdade, tão intenso. Visceral. E que acabou como começou, de repente, de verdade. E a dor foi intensa como o amor. Mas passou, também. Eu quero me lembrar de você como o homem que me fez dobrar minhas envergaduras, que acertou cada vértebra da minha coluna, que colocou cada vírgula no seu lugar. Você me fez melhor, sabe? Fiquei mais dura, mais racional. Depois de você, acho que enxerguei a vida como ela realmente é. Difícil. Mas é realmente maravilhoso perceber que a gente pode sorrir, mesmo depois de sentir a maior dor do mundo. É muito bonito esse negócio da vida de se renovar. É tão bonito quanto o nosso amor. É por isso que não quero guardar mágoas. Só quero guardar essa sensação boa, de viver algo lindo que durou o quanto bastava. O quanto poderia ter durado. Somos tão pequenos, como é que poderíamos ter sonhado com a eternidade? Eterno é o amor, é a vida. Nós somos só brinquedos. Eu te desejo muita fé, viu? Muita coragem. Desejo que ainda existam muitos amores como o nosso, na sua vida. 
E pra dizer adeus, eu vou embora assim como cheguei, de mansinho. 
Te cuida. 

Atenciosamente, TC.








sábado, 18 de janeiro de 2014

Silêncio.





Ando sem palavras. É muita vida, é pouco tempo. Tenho usado tanto meus outros sentidos, que minha voz anda cansada. Eu me lembro de você me dizer uma vez: - Até o seu silêncio é bonito. Na mesma noite, fiquei cerca de uma hora em silêncio, tentando entender a beleza que você enxergava. Acho que agora entendi. Quando estou em silêncio, costumo falar com o corpo. Meus olhos vivem sorrindo, minha mãos se prendem no seu escapulário e pareço uma criança mexendo os dedos, fazendo voltas com a corrente do seu pescoço. E quanto a mim? Estou feliz, querido. Estão tão feliz. Eu não sei fazer versos sobre minha felicidade, porque ela me invade inteirinha e me deixa em transe. Zen. Não sinto falta de ninguém. Não sinto tristeza, não sinto nada além de amor. Um amor tão grande pela vida, pelas pessoas, por você. Por nossos planos, pela nossa história. Pela minha família. Meu Deus, como tenho amado minha família. Deixei de chorar minhas dores passadas, deixei de abraçar meus fantasmas e medos só pra ter meus braços livres pra você dormir em mim. As vezes, eu choro sim. Mas logo passa. Tudo passa, tudo passará. Ando ouvindo tantas músicas boas, ando sorrindo tanto. Mas se tudo passa, como se explica o amor que fica nessa parada? Fica porque o amor somos nós. Não fizemos do amor um objeto, que se joga no colo do outro e diz: Toma, meu amor é seu. O amor fica porque ficamos. Porque fizemos do amor, alimento. Porque engolimos amor todo dia. Ando tão brega, querido. Fazendo versinhos de amor, em plena 31 de Março. Escrevo tudo no celular pra não esquecer e depois apago, porque me envergonho de ser assim, tão piegas. E quanto aos lamentos de sempre? Sumiram. Mal consigo escrever. É tudo silêncio. E meu silêncio tem falado tanto por mim. To tão focada, tá tudo tão legal. O meu corpo todo silencia, pra ouvir sua respiração. Como é que eu posso gritar, se gosto mesmo é de falar baixinho com você? 
Como é que eu vou falar de dor, se eu só sei sorrir? 
Eu sei que você tá nessa comigo, eu sei que você enxerga também.  
Mas se eu não falar de amor, eu vou falar do que?











segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Um texto pro J.


Ler ouvindo One.

Meu amor quase sempre é lindo, tem cheiro de aconchego e um gosto salgado de quem batalha todo dia, pra ser o que é. O meu amor tem voz calma, tem olhos bonitos, tem uma curvinha no nariz que me rende versos bonitos, quando penso nele. Como se Deus soubesse que eu iria olhar aquele rosto muitas vezes e tivesse feito uma marquinha pros meus olhos terem de frear e olhar tudo com calma, sem velocidade. O meu amor tem a palavra certa. Tem o gesto exato e o dom de parar o tempo. O meu amor tem vezes em que é malandro, quase sempre escapando dos problemas. Mas tem um riso que não me esconde suas malandragens, condenando-se todas as vezes que insiste em tentar se desvencilhar de mim. Nunca mede suas palavras, não percebendo que as vezes sua voz parece um trovão e me assusta. O meu amor parece um personagem de livro antigo. Aqueles livros em que a gente lê repetidamente na infância, como um mantra. O meu amor é meu mantra. Ele tem cócegas e uma risada quadrada de criança que não tem medo de rir. Ele não sabe que faço versos sobre isso, também. Parece um gato manhoso, quando pede colo. O meu amor lê poesia sem respeitar as vírgulas e versos, parecendo assim uma eterna frase sem pontuação. Ele me fez chorar feito menina, quando me leu Vinícius de Moraes no meu aniversário. Ele não imagina que gosto de olhar pra ele, quando ele está longe. É que meu amor, quando olhado de longe parece uma estátua grega, ele tem aquela pose de alguém que veio ao mundo sabendo exatamente o que quer. As vezes eu acho que ele não sabe bem. Mas eu não me importo, eu lhe ensinaria o caminho pra qualquer lugar. Basta que me levasse junto, basta que me deixasse pertinho. O meu amor gosta de belezas e extravagâncias, como um rei que ergueria um palácio pra sua rainha, só pra mostrar que a ama. Ele nunca acorda cedo e gosta de beijos estalados. Parece um professor quando desata a falar sobre História e Geografia. Meu amor entende sobre filosofia e tenta entender minhas loucuras e teorias, quase sempre. As vezes me maltrata com sua relapsa memória e descuido, parecendo assim que me deixou. Mas logo volta, com um sorriso largo e olhos pequenos, repetindo que me ama e me pedindo pra ficar. Sempre volta. É a característica mais bonita que ele tem. Mesmo quando meu amor disse que não voltaria mais, ele voltou. E ficou. As vezes, ele diz que não existe lugar melhor pra viver do que nos meus braços. E eu sorrio. Como sempre. Porque desde que meu amor chegou, a vida ficou mais interessante. E as cores são mais vivas, as festas são mais bonitas e até o céu ficou mais azul. Eu juro. Desde que o amor chegou, eu não parei mais de sorrir.

E o amor sempre fica, mesmo quando ele vai.